- Tathi, Bianca, Fernando? Vocês ainda estão aqui. Que bom! Ué, mas e essa, quem é?
- Ah, é a Bruninha. Ganhei ano passado.
- Você ainda brinca com elas?
- Não, mas gosto de tê-las por perto. Quando eu estou triste gosto de saber que elas estão aqui.
- Ah, tá. E essas três na foto? Não me diga que são...
- São elas mesmas. Juliana, Luana e Patrícia. Elas ainda são minhas melhores amigas, ué.
- Elas tão diferentes. Aliás, você também. O cabelo tá mais escuro. Pintou?
- Não. Foi escurecendo com o tempo. Mas o olho continua da mesma cor. Lembra que a gente tinha medo que mudasse de cor?
- É verdade. Ainda perguntam se você quer trocar de olho?
- Não, já pararam com essa brincadeira há muito tempo. Ah, também não me chamam mais de Xuxinha e não cantam mais “loira burra” pra mim.
- Ainda bem, era muito chato isso. Por falar nisso. Esse negócio aqui é um diploma?
- É sim. E adivinha? Sou jornalista!
- Nem acredito. Nosso maior sonho. O primeiro da lista. Lembrei agora. E a natação?
- Não faço mais natação faz anos. Comecei a fazer street dance e depois que sai, não fiz mais nenhuma atividade assim.
- Vai ficar gorda assim. (risos). E nosso aniversário? Tá chegando! Vai tocar músicas da Xuxa, não vai?
- Da Xuxa? Não mesmo. Mas ainda tem o bolo de chocolate da vovó e muito brigadeiro.
- Não vai ter Xuxa? A gente vai dançar o que então?
- Funk. Mas fica tranqüila, eu ainda sei cantar o "Abecedário da Xuxa" e "Lua de cristal" ainda é uma das minhas favoritas.
- Funk. A gente não gostava disso. Só do Claudinho e Bochecha...
- Mas agora a gente gosta. Eu vou a bailes funk. Vou também à escolas de samba e muitas vezes ao Maracanã.
- Você se diverte nesses lugares?
- Bastante.
- Se você diz, então tá. É o que importa. Mas se você gosta de funk, não deve mais gostar daquela nossa música...
- Qual? Ah, já sei. A do papagaio louro? Claro que sim. E de tanto cantá-la, acabei tomando gosto por escrever cartas. E lembra quando passávamos pelo Valqueire aos domingos e lembrávamos daquela outra musiquinha? Ainda faço isso.
- E seu filme preferido, qual é?
- Não se lembra mais, é? Eu posso ter crescido, mas não dá pra roubar o lugar de “Esqueceram de mim”. Tá pensando o que de mim. Que eu mudei tanto assim?
- Pensei que sim. Mas pelo visto muita coisa continua igual. Você está descalça e tem um pote cheio de jujubas e outro com trakinas de chocolate. Parece que muita coisa ainda continua igual.
- Tem coisas que não mudam com a idade.
- Que bom. Posso te pedir uma coisa antes de ir?
- Claro. Peça.
- Lembra da listinha dos nossos sonhos? Ainda faltam dois. Promete que os realiza pra mim?
- Prometo que vou fazer o possível.
- Brigada. Agora tenho que ir. Já é tarde.
- Espera. Tenho que te contar uma coisa. Descobri que anjos da guarda existem de verdade.
- E eles são mesmo gordinhos e têm asas?
- Não, não. Eles são de carne e osso e aparecem em forma de melhor amigo.
- Você não tem um melhor amigo. Só melhor amiga.
- Agora tenho. E ele é meu anjo da guarda. A gente devia ter descoberto isso há mais tempo.
- Agora tenho que ir mesmo. Tô com sono.
- Uma última coisa. Você está indo pra onde? Onde você mora?
- Tem certeza que não sabe...
E com um sorrisinho no rosto e os pés descalços, ela se foi. Devia mesmo estar com sono, pois mexia na orelha. Ela sempre faz isso quando está com sono.
Depois disso acordei. Sorri e virei para o outro lado. Tinha descoberto onde a Camila criança morava. Mexi na orelha, estava com sono, já era muito tarde.
- Ah, é a Bruninha. Ganhei ano passado.
- Você ainda brinca com elas?
- Não, mas gosto de tê-las por perto. Quando eu estou triste gosto de saber que elas estão aqui.
- Ah, tá. E essas três na foto? Não me diga que são...
- São elas mesmas. Juliana, Luana e Patrícia. Elas ainda são minhas melhores amigas, ué.
- Elas tão diferentes. Aliás, você também. O cabelo tá mais escuro. Pintou?
- Não. Foi escurecendo com o tempo. Mas o olho continua da mesma cor. Lembra que a gente tinha medo que mudasse de cor?
- É verdade. Ainda perguntam se você quer trocar de olho?
- Não, já pararam com essa brincadeira há muito tempo. Ah, também não me chamam mais de Xuxinha e não cantam mais “loira burra” pra mim.
- Ainda bem, era muito chato isso. Por falar nisso. Esse negócio aqui é um diploma?
- É sim. E adivinha? Sou jornalista!
- Nem acredito. Nosso maior sonho. O primeiro da lista. Lembrei agora. E a natação?
- Não faço mais natação faz anos. Comecei a fazer street dance e depois que sai, não fiz mais nenhuma atividade assim.
- Vai ficar gorda assim. (risos). E nosso aniversário? Tá chegando! Vai tocar músicas da Xuxa, não vai?
- Da Xuxa? Não mesmo. Mas ainda tem o bolo de chocolate da vovó e muito brigadeiro.
- Não vai ter Xuxa? A gente vai dançar o que então?
- Funk. Mas fica tranqüila, eu ainda sei cantar o "Abecedário da Xuxa" e "Lua de cristal" ainda é uma das minhas favoritas.
- Funk. A gente não gostava disso. Só do Claudinho e Bochecha...
- Mas agora a gente gosta. Eu vou a bailes funk. Vou também à escolas de samba e muitas vezes ao Maracanã.
- Você se diverte nesses lugares?
- Bastante.
- Se você diz, então tá. É o que importa. Mas se você gosta de funk, não deve mais gostar daquela nossa música...
- Qual? Ah, já sei. A do papagaio louro? Claro que sim. E de tanto cantá-la, acabei tomando gosto por escrever cartas. E lembra quando passávamos pelo Valqueire aos domingos e lembrávamos daquela outra musiquinha? Ainda faço isso.
- E seu filme preferido, qual é?
- Não se lembra mais, é? Eu posso ter crescido, mas não dá pra roubar o lugar de “Esqueceram de mim”. Tá pensando o que de mim. Que eu mudei tanto assim?
- Pensei que sim. Mas pelo visto muita coisa continua igual. Você está descalça e tem um pote cheio de jujubas e outro com trakinas de chocolate. Parece que muita coisa ainda continua igual.
- Tem coisas que não mudam com a idade.
- Que bom. Posso te pedir uma coisa antes de ir?
- Claro. Peça.
- Lembra da listinha dos nossos sonhos? Ainda faltam dois. Promete que os realiza pra mim?
- Prometo que vou fazer o possível.
- Brigada. Agora tenho que ir. Já é tarde.
- Espera. Tenho que te contar uma coisa. Descobri que anjos da guarda existem de verdade.
- E eles são mesmo gordinhos e têm asas?
- Não, não. Eles são de carne e osso e aparecem em forma de melhor amigo.
- Você não tem um melhor amigo. Só melhor amiga.
- Agora tenho. E ele é meu anjo da guarda. A gente devia ter descoberto isso há mais tempo.
- Agora tenho que ir mesmo. Tô com sono.
- Uma última coisa. Você está indo pra onde? Onde você mora?
- Tem certeza que não sabe...
E com um sorrisinho no rosto e os pés descalços, ela se foi. Devia mesmo estar com sono, pois mexia na orelha. Ela sempre faz isso quando está com sono.
Depois disso acordei. Sorri e virei para o outro lado. Tinha descoberto onde a Camila criança morava. Mexi na orelha, estava com sono, já era muito tarde.
AHHH que fofo!!!
ResponderExcluirAmei!
Muito bom mesmo!
Eu não sei onde annanda pequena foi morar.. nem os cachinhos! hehehe
beijos irmã!